LIGA DO ARAGUAIA: UM MOVIMENTO QUE COLOCA A SUSTENTABILIDADE EM PRÁTICA

A LIGA DO ARAGUAIA trata-se de um “movimento” nascido de produtores rurais da região do Vale do Araguaia Matogrossense voltado à adoção de práticas de pecuária sustentável próprias para a região do Médio Araguaia.  

Concretiza-se a partir da concepção e implantação de diferentes projetos desenvolvidos, através de parcerias estabelecidas com diversos elos capazes de aportar recursos humanos, tecnológicos e financeiros para contribuir com os objetivos do “movimento” em suas dimensões econômica, ambiental e social.

Em comum, seus membros tem a convicção de que uma fazenda não é constituída apenas por suas pastagens, os animais e os currais; ou ainda apenas por sua floresta ou seu grupo de pessoas. Ela é a soma de tudo isso, funcionando organicamente rumo às suas metas, considerando, cada vez mais, a consciência de que os aspectos produtivos, conservacionistas e sociais.

Atualmente, a Liga do Araguaia compreende 62 fazendas, representando um total de 150 mil hectares de pastagens em processo de intensificação e 130 mil cabeças de gado. As propriedades concentram-se na região do Médio Araguaia englobando 11 municípios mato-grossenses (Cocalinho, Araguaiana, Nova Nazaré, Riberão, Cascalheira, Água Boa, Querência, Nova Xavantina, Canarana, Pontal do Araguaia, Torixoréu e Barra do Garças),

Como inspiração local, desde sua formação promoveu dez dias de campo para difundir os conhecimentos entre os pecuaristas da região, reunindo os melhores especialistas, além de depoimentos dos próprios produtores sobre a experiência de cada um. Nessas iniciativas também levou a imprensa internacional para acompanhar a realidade da pecuária brasileira praticada pelos integrantes do movimento dando visibilidade ao Brasil para as boas práticas de produção.

Como integrar

Cada fazenda passa a integra o “movimento” por meio da participação em um ou mais projetos promovidos pela Liga do Araguaia. Sua decisão é livre e seguindo suas necessidades e interesses específicos.

Sua primeira ação, uma iniciativa do Grupo Roncador, ocorreu em novembro de 2014, e desde estão sendo implantados vários projetos em parceria com organizações públicas e privadas. Atualmente, são eles:

– Carbono Araguaia,

– Campos do Araguaia,

– Garantia Araguaia,

– Baixo Carbono Araguaia,

– Rebanho Araguaia e

– Conserv no Araguaia.

Vale ressaltar que podem participar da LIGA DO ARAGUAIA empresas e produtores rurais que não estejam necessariamente participando de seus projetos, mas que partilhem de seus valores e objetivos e percebam benefícios em engajar-se no “movimento”.

Entre seus objetivos específicos estão:

Apoiar a adoção de práticas de intensificação sustentável na pecuária de corte da região a partir da recuperação de pastagens degradadas, regularização ambiental e adoção de Boas Práticas Agropecuárias;

Replicar práticas de pecuária sustentável através da realização de atividades de fomento e capacitação (Dias de Campo, Unidades Demonstrativas, Oficinas, entre outros);

Estimular pecuaristas da região na adoção e monitoramento de práticas que contribuam para a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GHG);

Estimular a conservação e restauração de áreas florestais (APPs e RLs), proporcionando sua valorização e a interligação de fragmentos florestais;

Estimular mecanismos que valorizem o ativo ambiental da região através da implementação de instrumentos de compensação financeira pela conservação de ativos florestais e de biodiversidade, nas diferentes modalidades de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), Reed +, CRAs, Crédito de Carbono, entre outros;

Diferenciar e agregar valor aos produtos e serviços das atividades pecuárias da região, assegurando viabilidade econômico-financeira da pecuária sustentável no Médio Araguaia de Mato Grosso;

Para 2021, a Liga do Araguaia, com seu legado, quer mostrar ao mundo a prática da pecuária sustentável a partir de seus projetos implantados, como também, expandir sua atuação, com novos projetos dentro dos objetivos propostos.

Sobre a Liga do Araguaia

Em um momento em que segurança alimentar e mudanças climáticas mobilizam a sociedade mundial, desde 2014, a Liga do Araguaia, lidera um movimento pela adoção de práticas de pecuária sustentável no Vale do Araguaia. O objetivo da Liga do Araguaia é promover o desenvolvimento econômico e social da região, por meio do aumento da produtividade e renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais. A iniciativa se fundamenta nos pilares da produtividade, conservação, redução de emissões e turismo, e se materializa na forma da implantação de diferentes projetos concebidos e implantados em parceria com organizações públicas e privadas; nacionais e internacionais. É representada, atualmente, por 62 fazendas, correspondendo a 149.000 hectares de pastagens com 47.000 hectares em processo de intensificação e um rebanho estimado de 130 mil cabeças.

Liga do Araguaia se consolida como modelo para difusão e adoção de práticas sustentáveis na pecuária

Após comprovar que a moderna pecuária pode mitigar gases de efeito estufa, o próximo passo será realizar balanços líquidos de emissões em cada fazenda e avançar na gestão voltada para sustentabilidade através da disseminação do protocolo Garantia Araguaia.

Um dia após a COP26, a pecuária brasileira mostra seus resultados e projetos para adoção de práticas de pecuária sustentável, que também contribuem para a mitigação dos gases de efeito estufa. Durante o 12º. Dia de Campo da Liga do Araguaia, pecuaristas da região do médio Araguaia Matogossense, além de centenas de pessoas  on line, debateram, em Água Boa (MT), os próximos passos para que exista um sistema robusto e replicável de gestão de boas práticas, incluindo a medição da redução de emissões via remoção de carbono pelas pastagens melhoradas, gerando um balanço positivo no modelo tropical a pasto adotado no Brasil  e apto a receber pagamento por serviços ambientais (PSA).

“Esse é o nosso passaporte para o futuro, com a melhor gestão, redução da idade de abate, intensificação e balanço de carbono”, enumera Caio Penido, pecuarista presente na COP26, em Gasglow, na Escócia, e um dos fundadores da Liga do Araguaia. Ele afirma que a “as agendas ambientais, climáticas e de sustentabilidade estão dispostas e temos de sentar na mesma mesa, conversando para chegar em acordos positivos; fazendo justiça para valorizar o que tem de ser valorizado”, completa, referindo-se ao empenho na conservação dentro das fazendas.

Modelo de sucesso, a Liga do Araguaia é um movimento de pecuaristas que atua em 13 municípios do Vale do Araguaia no Mato Grosso. Para participar, o pecuarista precisa aderir a um ou mais dos projetos em implantação, sendo que dois deles estão em franca expansão: Rebanho Araguaia, voltado à gestão da produção e sustentabilidade e Conserv no Araguaia, que oferece compensação financeira por áreas excedentes de Reserva Legal. No evento, José Carlos Pedreira de Freitas, coordenador da Liga do Araguaia, apresentou cada um dos projetos e principais resultados já obtidos pelo movimento, destacando aqueles voltados à gestão de boas práticas e mensuração de emissões e remoções de gases de efeito estufa.

Roberto Giolo, da Embrapa Gado de Corte, fez referência à COP26 e ao acordo de redução do metano lembrando que os países produtores de carne como Brasil serão afetados, porém, “diferente de outros que terão de reduzir rebanho, temos vantagens comparativas dadas por nosso modelo de pecuária a pasto”. No evento, o pesquisador da Embrapa reconheceu que a Liga do Araguaia é um modelo que está à frente em práticas e em entendimento sobre o tema. “Esse é um grupo seleto na pecuária brasileira e já engajado com a temática”, afirmou.

Em sua apresentação, trouxe indicações para uma pecuária de baixo carbono brasileira, como o investimento em um bezerro de qualidade; melhoria da dieta pensando em aditivos alimentares redutores de emissão de metano e redução da idade de abate.  Práticas conservacionistas e manejo adequado de pastagens, além de adubação e integração lavoura-pecuária e floresta. “O foco é a qualidade do sistema de produção; o carbono é um indicador e o produto uma consequência”, finalizou. Sua fala com as principais recomendações práticas para uma pecuária de baixo carbono, foi antecedida por uma detalhada apresentação de pesquisa da Embrapa sobre as “dez megatendências da pecuária”, realizada por seu colega Guilherme Malafaia, coordenador do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne). .

Trazendo a visão da indústria, o zootecnista Fábio Dias, diretor de relacionamento com o pecuarista do Friboi, participou de uma mesa redonda com pecuaristas da Liga do Araguaia, onde lembrou que o consumidor não busca mais apenas qualidade, mas está preocupado com a forma em que se deu a produção, incluindo os impactos na emissão de carbono.  “É preciso um sistema de monitoramento que mostre, verifique e dê confiança”, relata. Reconhecendo que a Liga do Araguaia está a frente em toda esta agenda, tendo atraído o interesse do Friboi para estabelecer uma parceria com Liga do Araguaia que resultou no projeto Rebanho Araguaia. .

Confiante nos bons resultados já alcançados, produtores da região norte do Vale do Araguaia mato-grossense solicitaram que a Liga do Araguaia possa ampliar sua atuação para outras regiões do estado.  Também pelo evento on line, pessoas de outras regiões se manifestaram interessadas em conhecer o modelo sustentável adotado pelo movimento.

A Liga do Araguaia conta com membros fundadores, plenos e efetivos, empresas e entidades parceiras em diferentes projetos e patrocinadores como Elanco Saúde Animal, Friboi, Summitomo Chemical e Zooflora.   

Assista a íntegra do evento

Sobre a Liga do Araguaia

Desde 2015 a Liga do Araguaia lidera um movimento pela adoção de práticas de pecuária sustentável no Vale do Araguaia mato-grossense. Seu objetivo é promover o desenvolvimento econômico e social da região, por meio do aumento da produtividade e renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais. As 62 fazendas que o compõem o movimento correspondem a 149.000 hectares de pastagens com 47.000 hectares em processo de intensificação e um rebanho estimado de 130 mil cabeças. Mais informações em “www.ligadoaraguaia.com.br” ou nas redes sociais @ligadoaraguaia.

Informações para a imprensa
Flávia Tonin – (15) 98166-6787 – contato@flatonin.com.br

Fernanda Barros – (11) 99952-2411 – imprensa@flatonin.com.br

Liga do Araguaia  realiza seu 12º Dia de Campo da Liga do Araguaia discute Pecuária de Baixo Carbono e o Futuro da Pecuária de Corte no Brasil

Evento, realizado pelo Instituto Agroambiental Araguaia, é aberto aos interessados para participação presencial ou remota . Inscrições gratuitas

No dia seguinte ao final da COP26, nunca foi tão oportuno falar sobre os requisitos a serem exigidos para a obtenção do passaporte para o futuro da pecuária sustentável. Pensando nisso, o Instituto Ambiental Araguaia, braço de operações da Liga do Araguaia, realiza o 12º. Dia de Campo no próximo dia 13 de novembro, sábado,  a partir das 9h. O evento, realizado no Sindicato Rural de Água Boa, MT, terá modelo híbrido (presencial e on line) para que possa atender aos membros da Liga do Araguaia, como também outros pecuaristas do Brasil e região interessados pelo tema.

Sob o título de “Passaporte para o Futuro”, o dia de campo “irá abordar o futuro da pecuária de corte no Brasil, práticas para uma pecuária de baixo carbono e as novas exigências da indústria e dos mercados, desafios que a época atual impõem para os pecuaristas que pretendem manter-se na atividade e acessar mercados  remuneradores”, afirma o coordenador executivo do Instituto Agroambiental Araguaia, José Carlos Pedreira de Freitas.

A programação divide-se em três painéis: A Liga e seus projetos, com apresentação do coordenador; “Pecuária do Futuro – 10 megatendências”, com o pesquisador Guilherme Cunha Malafaia, da Embrapa Gado de Corte e “Pecuária de Baixo Carbono”, com Roberto Giolo do mesmo centro de pesquisa.

Uma mesa redonda com o zootecnista Fábio Dias, diretor de originação e relacionamento com clientes da Friboi e membros da Liga do Araguaia, discutirá a visão técnica e comercial da indústria e do mercado sobre as crescentes exigências de “carne sustentável”. A abertura será feita pelo  presidente do Sindicato Rural de Água Boa, Geraldo Delai e o encerramento terá a presença do pecuarista e fundador da Liga do Araguaia, Caio Penido, recém-chegado da COP26, com notícias diretas do evento internacional que discutiu acordos que impactam diretamente na atividade. Patrocinam o evento Elanco Saúde Animal, Friboi, Sumitomo Chemical e Zooflora.

Serviço:

QUANDO: dia 13 de novembro de 2021 – SÁBADO

ONDE: Sindicato Rural de Água Boa. Av. Araguaia, 344 – Centro II, Água Boa – MT

HORÁRIO: das 08h00 às 17h00

Acompanhe on line pelo youtube da Liga do Araguaia

Para participar, inscreva-se em https://www.ligadoaraguaia.com.br/12o-dia-de-campo/

Liga do Araguaia e JBS implantam projeto para apoiar a gestão da produção e de boas práticas na pecuária de corte do Vale do Araguaia.

O Projeto REBANHO ARAGUAIA está sendo implantado em três ciclos, 2020/21; 2021/22 e 2022/23, devendo atender 32 fazendas do Médio Vale do Araguaia para promover boas práticas sustentáveis.

A Liga do Araguaia, em parceria com a Friboi, unidade de negócios de carne bovina da JBS, iniciou em 2020/21 as ações do Projeto REBANHO ARAGUAIA,  promovendo o desenvolvimento da pecuária sustentável na região do Médio Vale do Araguaia, localizada no estado de Mato Grosso.

Neste primeiro semestre de 2022 finaliza-se o Segundo Ciclo do projeto, que até o momento está atendendo 15 fazendas de uma total previsto de 30 fazendas a serem atendidas nos três anos do projeto. Os produtores foram selecionados por seus esforços na adoção de práticas de intensificação sustentável e no aumento da produtividade na pecuária de corte da região. A previsão é de que 15 novas fazendas participem do projeto no próximo ano agrícola 2022/23.

Focado no apoio a gestão produtiva e de boas práticas dessas fazendas, o projeto prevê atividades de capacitação e acompanhamento, incluindo a utilização de ferramentas de gestão da produção e de boas práticas, com monitoramento da redução de emissões de Gases de Efeito Estufa.

O Projeto REBANHO ARAGUAIA apoia práticas de intensificação sustentável na pecuária de corte da região, como a restauração e reforma de pastagens degradadas, adoção de modelos de integração lavoura-pecuária (ILP), regularização ambiental, atividades de fomento com estímulo à redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GHG) e a conservação e restauração de áreas florestais (APPs e RLs). Além disso, o movimento liderado pela Liga do Araguaia visa estimular o uso de mecanismos que valorizem o ativo ambiental da região, por meio do apoio a regulamentação de instrumentos de compensação financeira dos ativos florestais e de biodiversidade (Pagamento por Serviços Ambientais – PSA).

No projeto, a equipe técnica da Liga faz a organização dos pecuaristas, enquanto a Friboi subsidia a contratação de consultorias especializadas em gestão da propriedade para a intensificação das suas pastagens, garantindo melhor produtividade por área e reduzindo a necessidade de novas áreas de pastos, o que contribui para a preservação da vegetação e biodiversidade local. Com isso, os pecuaristas passam a ter melhores condições para investir,
aumentam seus indicadores de produtividade, melhoram a qualidade dos seus
animais e, principalmente, colaboram com a sustentabilidade da produção.  

O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), o Inttegra – Instituto de Métricas Agropecuárias e a Ímpar – Consultoria no Agronegócio são parceiros estratégicos do projeto. As consultorias realizam uma imersão nas fazendas para levantar dados e indicadores de sustentabilidade e métricas gerenciais, que são usados para facilitar inovações no setor, promover melhorias nos planos de ação e na gestão dessas fazendas, além de criar sinergia de processos entre os pecuaristas da Liga do Araguaia.

A parceria da Liga do Araguaia com a JBS  fortalece a produção de carne sustentável no Cerrado, respondendo a demanda de players relevantes que buscam produtos com forte responsabilidade socioambiental, que reúnam atributos de qualidade e sustentabilidade. O objetivo é transformar a região, uma das principais produtoras de gado do país, em um parâmetro global de boas práticas de produção. Juntos, esses pecuaristas ajudam a preservar uma área de mais de 50 mil hectares de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente.

As ações do programa têm o horizonte de três anos para apresentar resultados. Graças ao trabalho já de seis anos da Liga do Araguaia, a região conta hoje com um grupo de pecuaristas organizados e inovadores, referência no país a partir sua produção sustentável.

Sobre a Liga do Araguaia

Em um momento em que segurança alimentar e mudanças climáticas mobilizam a sociedade mundial, desde 2015, a Liga do Araguaia,  lidera um movimento pela adoção de práticas de pecuária sustentável no Vale do Araguaia. O objetivo da Liga do Araguaia  é promover o desenvolvimento econômico e social da região, por meio do aumento da produtividade e renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais. A iniciativa se fundamenta nos pilares da produtividade, conservação, redução de emissões e turismo, e se materializa na forma da implantação de diferentes projetos concebidos e implantados em parceria com organizações públicas e privadas; nacionais e internacionais. É representada, atualmente, por 62 fazendas, correspondendo a 149.000 hectares  de pastagens com 47.000 hectares em processo de intensificação e um rebanho estimado de 130 mil cabeças.

Sobre a Friboi

Com mais de quatro décadas de história, a Friboi – unidade de negócios de carne bovina da JBS – revolucionou o mercado ao descomoditizar a carne bovina brasileira e construir uma marca referência no mercado.  A empresa mantém algumas das marcas de carne bovina mais reconhecidas do Brasil, com um amplo portfólio de produtos, composto pela homônima e líder de mercado Friboi, Maturatta Friboi, Do Chef Friboi, Reserva Friboi, 1953 Friboi e Swift Black, que atendem a diversos públicos. Com foco na garantia de origem, na qualidade e na segurança do alimento entregue ao consumidor, desde o bem-estar animal até a entrega do produto final, a Companhia adota as melhores práticas de sustentabilidade em toda sua cadeia de valor, e monitora seus fornecedores de gado de forma constante por meio do uso de imagens de satélite, mapas georreferenciados das fazendas e acompanhamento de dados oficiais de órgãos públicos. A Friboi está presente em mais de 150 países e, atualmente, conta com 37 unidades produtivas em todo o Brasil.

Sobre a JBS

A JBS é uma das líderes globais da indústria de alimentos e conta com uma plataforma global de produção diversificada por geografia e por tipos de proteína. A Companhia conta com mais de 240 mil colaboradores, em unidades de produção ou escritórios em todos os continentes, em países como Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros – no Brasil são mais de 130 mil colaboradores, sendo a empresa uma das maiores empregadoras privadas do país. 

No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Moy Park, Pilgrim’s Pride, Primo, Seara, Swift, Gold’n Plump, entre outras. São mais de 275 mil clientes atendidos em todo o mundo, de 190 nacionalidades. Com foco em inovação, essa diretriz se reflete também na gestão de negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem, embalagens metálicas e transportes.

A Companhia conduz suas operações com foco na alta qualidade e na segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade em toda sua cadeia de valor. Por meio do uso de imagens de satélite, mapas georreferenciados e dados públicos oficiais, a JBS monitora seus fornecedores de forma permanente. As melhores práticas de Bem-Estar Animal guardam estreita relação com o sucesso das operações da JBS, que trata o tema com extremo rigor e tem investido cada vez mais no aprimoramento de ações que sigam as melhores práticas de mercado.

Pecuaristas do MT são remunerados por preservar florestas

Parceria entre a Liga do Araguaia e Ipam é celebrada com seis contratos nos quais produtores vão receber pela preservação da mata excedente.

O Programa Conserv no Araguaia, parceria entra a Liga do Araguaia com Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), celebraram em evento online, no último 3 de maio/2022, o reconhecimento de serviços ambientais prestados por pecuaristas em propriedades privadas que investem na conservação de excedente de mata. A partir de agora, além das safras de boi e de soja, eles também recebem pela “safra da preservação”.

Convidado por atuar no mercado financeiro, em sua análise, Cândido Bracher, integrante do Conselho de Administração do Itaú Unibanco e com experiência de quatro décadas no mercado financeiro, disse que no Brasil o ambiente rural é uma máquina de captura de carbono e o preço desta captura vale muito, concluindo com a afirmação de que agora “Os árabes somos nós”. Com exemplos, explicou que “a Europa tem a legislação mais avançada nesse sentido, a ETS, Emission Trade Sistem, onde a tonelada de carbono removido chega a 95 euros. Já uma floresta em crescimento captura 15 ton/ha/ano de Carbono e isto gera uma renda de 1.400 euros por hectare”, analisa. Esses valores ainda não são praticados no Brasil, mas mostram o caminho para uma regulação de mercado.

“Além disso, o país é visto como potência agroambiental, facilitando a receptividade dos nossos produtos agrícolas nos mercados internacionais. O contrário só nos prejudica. Fiquei orgulhoso do que vi e ouvi da Liga do Araguaia e do projeto Conserv no Araguaia”, disse Bracher.

Impactos do Conserv no Araguaia

As adesões concretizam mais um passo da missão da Liga do Araguaia, que busca promover o desenvolvimento econômico e social da região do Médio Araguaia mato-grossense, por meio do aumento da produtividade e da renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais, mostrando na prática uma pecuária sustentável capaz de aliar produção e conservação.

Segundo José Carlos Pedreira de Freitas, coordenador do Instituto Agroambiental Araguaia, braço de operações da Liga do Araguaia, é preciso conectar a dimensão produtiva com a dimensão ambiental no Agro brasileiro. A Fazenda deve ser vista como um “todo”, onde áreas de produção e conservação trocam benefícios e serviços entre si. Segundo Pedreira, até o momento participam do Conserv no Araguaia seis fazendas com contratos já assinados, representando um total 4.552 hectares excedentes de Reserva Legal.

Os valores pagos para cada fazenda foram  estabelecidos de maneira competitiva, levando em conta parâmetros como valor médio do arrendamento nas regiões previstas pelo Conserv; atributos ambientais das áreas contratadas e índice de prioridade para a conservação. Dependendo de entendimentos entre Liga do Araguaia e Ipam, pretende-se dar continuidade a implantação do Conserv no Araguaia com a contratação de mais 5.000 hectares, completando a meta de 9.000 hectares estabelecida nesta parceria com o Ipam.

André Guimarães, diretor executivo do Ipam, explica que a ideia é engajar produtores para a conservação. “Há produtores que vão além das exigências legais e o Conserv surge como mecanismo financeiro para remunerar esses serviços ambientais gerados pelas propriedades rurais. Produzimos soja, carne e o sonho é que se some a ‘produção’ e ‘conservação’ de florestas, gerando oportunidade de negocio e renda”.

Já Caio Penido, produtor rural, membro fundador da Liga do Araguaia, presidente do Imac (Instituto Mato-Grossense da Carne) e vice-presidente do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável), lembra que o produtor que arca com custos da conservação e a biodiversidade prestam serviços a todo o planeta. “A Liga foi buscar parceiros que acreditavam na agenda Brasil: implementar o código florestal, com a remuneração do excedente. O que soava romântico, ‘criar valor na biodiversidade’, hoje é uma realidade”, finaliza.

O Programa Conserv no Araguaia é mais uma etapa do Conserv, programa que existe desde 2020, foi desenvolvido pelo IPAM – em parceria com o EDF (Environmental Defense Fund) e com o Woodwell Climate Research Center -, nesta etapa, o CONSERV opera em municípios de Mato Grosso, nos biomas Amazônia e Cerrado.

O programa conta com 16 contratos, somando 14.320 mil hectares de florestas nativas conservadas dentro de propriedades privadas da Amazônia Legal, em uma área de 86 mil hectares. Segundo dados do Ipam, o programa também é responsável por evitar a emissão de 1,8 milhões de toneladas de CO₂, caso a vegetação fosse suprimida. Está em expansão nesta e em outras regiões.

O que dizem os produtores da Liga do Araguaia:

“O que me levou a participar da iniciativa foi a oportunidade de mostrar para as pessoas que não conhecem o campo que nós, ainda que sejamos eficientes na produção, também conservamos uma parte da propriedade com reservas nativas além daquilo que somos obrigados a preservar”, Geraldo Antonio Delai, Fazenda Tanguro, Canarana (MT). Produção: agricultura com plantio de soja, milho, gergelim, feijão, girassol, milheto, braquiária – integração (lavoura – pecuária) e criação de bovinos com ciclo completo – 100% IATF.

“O que me motivou a entrar no CONSERV no Araguaia foi a possibilidade de aliar o fator financeiro com a conservação do meio ambiente. Durante muitos anos minha família conservou a propriedade que veio dos meus avós, e conservar despende dinheiro. O CONSERV no Araguaia nos ajuda a seguir nesse caminho da preservação”, Dilermando Francisco Lunardi, Araguaiana, Mato Grosso. Produção: pecuária (ciclo completo).

“Pela primeira vez na minha vida de produtor rural, que já é extensa, eu vejo uma ferramenta que surge para nos ajudar. Isso é importante, pois não basta apenas falar para não desmatar; tem que incentivar a não supressão. Se o produtor vai conservar uma área que ele tem direito de abrir, é necessário que ele seja recompensado. O CONSERV no Araguaia está fazendo isso”, Carlos Roberto Della Libera Filho, Barra do Garças (MT). Produção: pecuária – ciclo completo (cria, recria e engorda), ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta), suinocultura orgânica, apicultura orgânica e criação de muares.

“Depois de 43 anos cuidando de uma floresta, não deixando fogo entrar e ninguém desmatar, agora com os meus 73 anos, acredito merecer receber alguma compensação financeira pelos serviços prestados à natureza e para a população. Cuidar de floresta custa muito caro”, Luiz Ferreira, Fazenda Brilhante, Barra do Garças (MT). Produção: pecuária.

“A nossa propriedade é pequena, temos poucas áreas abertas e sempre fomos relutantes em suprimir mais, pois sabemos da importância da floresta em pé. Esse projeto permite que continuemos conservando e sejamos remunerados”, Vivaldo Costa Águiar, Pontal do Araguaia (MT). Produção: pecuária.

“Sempre fui muito preocupada com a conservação da floresta e do solo – tenho aversão ao uso da grade, por exemplo. Sei da importância da vegetação para a sociedade como um todo. Porém, preservar e proteger a floresta contra incêndios gera custo ao produtor. O CONSERV no Araguaia faz uma quebra de paradigmas e, pela primeira vez, o produtor passa a ser remunerado por isso”, Liliana Maria Crego Forneris, Fazenda  Califórnia, Novo São Joaquim (MT). Produção: pecuária.

Link para o evento on line completo:https://www.youtube.com/watch?v=2SEKkl5w3f0

Sobre a Liga do Araguaia

Em um momento em que segurança alimentar e mudanças climáticas mobilizam a sociedade mundial, desde 2015 a Liga do Araguaia lidera um movimento pela adoção de práticas de pecuária sustentável no Vale do Araguaia. O objetivo da Liga do Araguaia é promover o desenvolvimento econômico e social da região, por meio do aumento da produtividade e renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais. A iniciativa se fundamenta nos pilares da produtividade, da conservação, da redução de emissões e do turismo; e se materializa na forma da implantação de diferentes projetos concebidos e implantados em parceria com organizações públicas e privadas, nacionais e internacionais. É representada, atualmente, por 62 fazendas, correspondendo a 149.000 hectares de pastagens com 47.000 hectares em processo de intensificação e um rebanho estimado de 130 mil cabeças.

Sobre o Ipam

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) é uma organização científica, não governamental, e sem fins lucrativos que há 26 anos trabalha pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia, de modo a gerar prosperidade econômica e justiça social, ao mesmo tempo que propõe conservar a integridade dos ecossistemas. Nos últimos anos, vem atuando também no Cerrado para levar o desenvolvimento sustentável ao bioma –igualmente importante e que precisa ser conservado na sua riqueza, nos seus potenciais produtivos, sociais e ambientais.

O que é a Liga do Araguaia?

É um movimento de produtores rurais da região do médio Vale do Araguaia, localizado no Estado do Mato Grosso do Sul e se concretiza por meio de projetos concebidos e implementados no âmbito de um Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável, preconizando um “modelo sustentável de produção pecuária” para a região. Existe desde 2014 e já realizou dez dias de campo e tem seis projetos em andamento.

Quais são os principais objetivos da Liga do Araguaia?

– Apoiar a adoção de práticas de intensificação sustentável na pecuária de corte da região a partir da recuperação de pastagens degradadas, regularização ambiental e adoção de Boas Práticas Agropecuárias;

– Replicar práticas de pecuária sustentável através da realização de atividades de fomento e capacitação (Dias de Campo, Unidades Demonstrativas, Oficinas, entre outros);

– Estimular pecuaristas da região na adoção e monitoramento de práticas que contribuam para a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GHG);

– Estimular a conservação e restauração de áreas florestais (APPs e RLs), proporcionando sua valorização e a interligação de fragmentos florestais;

– Estimular mecanismos que valorizem o ativo ambiental da região através da implementação de instrumentos de compensação financeira pela conservação de ativos florestais e de biodiversidade, nas diferentes modalidades de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), Reed +, CRAs, Crédito de Carbono, entre outros;

– Diferenciar e agregar valor aos produtos e serviços das atividades pecuárias da região, assegurando viabilidade econômico-financeira da pecuária sustentável no Médio Araguaia de Mato Grosso;

Onde a Liga está localizada geograficamente?

Estamos em 11 municípios do estado de Mato Grosso: Querência, Ribeirão Cascalheira, Canarana, Água Boa, Nova Nazaré, Cocalinho, Nova Xavantina, Araguaiana, Barra dos Garças, Pontal do Araguaia e Torixoréu. Isso representa:

• Habitantes: 170.000

• Extensão: 8,5 milhões de hectares;

• Pastagens: 3,8 milhões de hectares;

• Rebanho: 2,9 milhões de cabeças.

Números dos projetos da Liga do Araguaia

6 projetos em andamento;

62 fazendas;

150 mil hectares de pastagens em processo de intensificação;

130 mil cabeças de gado.

Por que as propriedades da Liga do Araguaia têm a sustentabilidade em destaque?

As propriedades da Liga do Araguaia entenderam a urgência do agir “agora” com uma visão para o “amanhã” e reuniram-se para fomentar esse objetivo desde 2014. Seus pilares são as tecnologias de produção, o respeito à natureza e tem por objetivo deixar um legado de prosperidade ambiental, social e econômica para as próximas gerações.

Qual é a visão da Liga do Araguaia a respeito da Pecuária X Sustentabilidade

A busca pela sustentabilidade ambiental é uma pauta importante do nosso tempo e a pecuária, sendo uma das grandes atividades produtivas brasileiras, deve fazer sua parte. Assim, esta relação acontece quando a pecuária adota técnicas de produção que não prejudicam o meio ambiente, ou que minimizam os possíveis danos causados pela atividade.

Porque abordar a questão sustentabilidade na Pecuária?

A pecuária utiliza-se da natureza em suas diversas práticas de produção, dessa maneira ao adotar técnicas de produção adequadas a atividade passa a contribuir com a natureza, sociedade e com o a viabilidade econômica do empreendimento. Sendo assim ela deve buscar ser sustentável e fomentar boas práticas no setor; e, ao mesmo tempo, ser presente nas mídias para contar sua versão da história e contribuir para um debate público melhor informado e mais justo.

Quais são os Principais Projetos da Liga do Araguaia?

– Carbono Araguaia,

– Campos do Araguaia,

– Garantia Araguaia,

– Baixo Carbono Araguaia,

– Rebanho Araguaia e

– Conserv no Araguaia.

Imagens para matérias digitais ou impressas (credito: Liga Do Araguaia / Divulgação).

Clique no link do título da imagem com o botão direito da imagem e depois escolha a opção “salvar como”.

José Carlos Pedreira de Freitas (1.1M)

Clipping

Clique na imagem para acessar nosso clipping:

Siga a Liga do Araguaia